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DEPRESSÃO E A FALTA DE LIBIDO DO HOMEM.

É comum ouvir ou falar que estamos deprimidos. Em muitos casos um dia, um acontecimento ou uma semana ruim é definido como depressão.

No entanto, a depressão é muito mais que um dia ruim, ela é um transtorno biológico que se manifesta através de um humor triste, vazio ou irritável, acompanhado por alterações relacionadas entre si que afetam significamente a capacidade funcional do indivíduo e de forma persistente.

Dentre os prejuízos causados pela depressão está a diminuição do desejo sexual, tanto para o homem como para a mulher.

No entanto, a falta de libido costuma ser inicialmente o tema central da demanda de alguns homens na terapia, diferente de algumas mulheres. Aí vem a pergunta: porquê?

Tanto nas pesquisas e estudos sobre o assunto, como nas sessões com meus pacientes aparece alguns pontos em comum que respondem à pergunta. Vou citar os 3 (três) principais:

1. A cultura de que a masculinidade está associada ao desejo sexual e a capacidade de satisfazer seus parceiros.
2. O medo que a dificuldade sexual faça com que seus parceiros busquem satisfação “fora de casa”.
3. A preocupação de iniciar o ato sexual e não conseguir terminar.

Quando uma pessoa está deprimida, ela pode experimentar uma variedade de sintomas que afetam sua vida diária, incluindo sua vida sexual. E isso envolve fatores biológicos, psicológicos e sociais, como:

1. Alterações hormonais, especialmente os relacionados ao desejo sexual, como a redução da testosterona, que pode diminuir o desejo sexual.
2. Efeitos colaterais dos medicamentos antidepressivos podem afetar a libido e a função sexual, gerando uma grande resistência no uso da medicação.
3. Os sentimentos de tristeza, baixa autoestima e falta de interesse em atividades prazerosas, a ansiedade e o estresse, que muitas vezes estão presentes na depressão, ajudam a inibir o desejo sexual.
4. A insônia ou hipersonia, costuma diminuir a energia e o interesse em atividades sexuais, gerando conflitos com a parceira ou parceiro.
5. A percepção que a pessoa tem de si mesma, incluindo sua imagem corporal e autoconfiança, faz com que ela não se sinta atraente para o outro(a).
6. A falta de motivação para manter um estilo de vida saudável, como exercícios e boa alimentação.

Existem muitos outros fatores, listei aqui apenas os mais comuns. O tratamento para depressão geralmente envolve uma combinação de psicoterapia e medicamentos que podem variar de pessoa para pessoa, mudanças no estilo de vida, como exercícios regulares e uma alimentação equilibrada.

Mas ressalto que é importante abordar essas questões com compreensão e apoio. A terapia, seja individual ou de casal, é benéfica para ambos. Além disso, trabalhar junto com o psiquiatra caso o paciente faça acompanhamento, faz muita diferença no resultado do tratamento. Orientar o paciente para conversar com o médico para ajustar ou mudar medicações, pode contribuir para diminuir os efeitos colaterais que afetam a libido. E claro, uma comunicação aberta entre os parceiros(as) é essencial para atravessarem juntos esse momento difícil para ambos.

Por Rosirene Aires
em 8 de fevereiro de 2024

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